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| Denúncias contra Rajoy só pioram ainda mais a situação na Espanha |
A pressão aumentou neste fim de semana, após o jornal "El Mundo" publicar que Rajoy enviou mensagens de apoio a Luis Bárcenas depois de o escândalo vir à tona. Às notícias do fim de semana se somou, nesta segunda, o depoimento do ex-tesoureiro à Justiça, no qual Bárcenas afirmou ter entregue 25 mil euros a Rajoy e outros 25 mil à secretária-geral do partido, María Dolores de Cospedal.
- Fiz as entregas em dinheiro vivo a Rajoy e a Cospedal em 2009 e 2010 - disse Bárcenas ao juiz Pablo Ruz.
A declaração veio ao fim de um depoimento de cinco horas. Segundo a promotoria, a entrega foi feita pessoalmente, em notas de 500 euros, guardadas em um envelope marrom.
Bárcenas, de 55 anos, foi preso em junho acusado de corrupção, lavagem de dinheiro, fraude fiscal e outros crimes. Por 20 anos ele foi o tesoureiro do PP e teria operado um fundo ilícito.
Rajoy nega as acusações. Ele afirmou que o Judiciário continuará com o processo sem interferências e que o escândalo não atrapalhará seu programa de reformas políticas.
- O direito da lei não se curva à chantagem. As instituições, a Justiça, a polícia judiciária e os serviços de impostos (envovidos nas investigações) atuaram e continuarão agindo com absoluta independência - disse. - Esta é uma democracia séria e eu vou me submeter à investigação.
Rajoy, que luta contra uma recessão econômica e tenta tapar um buraco no Orçamento, tem até agora limitado o impacto do escândalo a respeito de doações supostamente ilegais feitas por empresários da construção, que teriam sido distribuídas como pagamentos em dinheiro aos líderes partidários em troca de contratos.
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